It's Not A Fashion Statement, It's A Deathwish

Estava eu aqui a pensar (porque eu sou uma pessoa que penso muito nos meus manuscritos, na minha obra, no meu trabalho, nos meus “monólogos interessantes”, como alguém já lhes chamou) e cheguei à derradeira e brilhante conclusão (demorei dois segundos e meio a fazê-lo e nem precisei de olhar para o blog) que não escrevo nada de jeito há três séculos e meio, que é como quem diz, há muito tempo ou há tempo suficiente, como quiserem ler e entender.
Entretanto, apesar de os comentários aqui existentes serem sempre escritos pelas mesmas criaturas (expressão carinhosa pessoal =P), eu soube, com muito agrado e satisfação, que o meu modesto blog andou a ser descoberto, não pelos portugueses em geral, mas por portugueses amigos como o Guedes, a Cátia e até o João, que apesar de não deixarem aqui o seu testemunho, fizeram questão de me vir dizer pessoalmente como gostavam dos meus humildes textos. E o Guedes, então, manifestou-se tanto e com tanto ênfase, que eu me senti uma miserável pessoa por não escrever nada com a magnitude habitual há tanto tempo.
Em fases da vida tão intensas como esta, em que continuo encalhada na porcaria do cruzamento e ainda não consegui decidir se vos abraço e vos amo ou se vos mando (literalmente) à merda e vou-me embora daqui (com o meu querido clone, a.k.a. Postiga, na bagagem), a única coisa em que não consigo deixar de pensar é na amizade mais que profunda que sentimos uns pelos outros, as qualidades e falhas com que nos preenchemos mutuamente e a alegria que repartimos todos os dias. E é isso que sinto por vocês e os sentimentos que recebo em troca que me fazem querer ser cada dia melhor, mais objectiva, mais sincera e genuína. Porque apesar de ter prazer em fazer o que faço, em pegar no lápis e escrever, nada disso valia a pena se não fosse feito a pensar em vocês, no mundo que nos rodeia e nos sentimentos que nos unem.

Obrigado por me tornarem numa pessoa melhor, com sentimentos e intenções genuínas.