segunda-feira, novembro 27, 2006

Ella Palmer & Easyway @ Lótus Bar, 24/11/2006

O dia finalmente chegou. Depois de tanto tempo a ouvir e a gostar da música dos Ella Palmer, finalmente tive a minha grande oportunidade de os ver ao vivo!
Sexta-feira à noite, fomos nós todas catitas (sem maquilhagem nem nada dessas tretas porque iamos a um concerto e não sair à noite ou jantar fora!), em direcção a Cascais. A Raquel, a Sofia e a Hobbes foram um bocado a reboque comigo, o Ricky baldou-se à última da hora.
A noite até estava agradável, a chuva deu-nos tréguas. E dentro de um Lótus Bar, minúsculo como já todos o conhecem, deu-se início ao momento que eu tanto esperava! Acreditem que nervosa estava eu, as expectativas eram grandes e não queria ser desiludida, que para isso já temos os nossos namorados!
Começou e começou bem com um tema novo. Eu vi ali muita vontade de crescer e fiquei muito contente com isso. Cantaram três temas que estão disponíveis no myspace.com deles. Ficou de fora a Sleepless Whores And Cocaine Mirrors, com muita pena minha que foi menos umas que cantei. O Dado puxou por nós, o público apesar de pouco, aderiu. Ouviam-se algumas vozes a acompanha-lo, mas não muitas que a banda é relativamente recente e é de Setúbal, os protegidos dos More Than A Thousand, como eu lhes chamo volta e meia. Quando eles se preparavam para sair, ouviu-se inesperadamente o mítico "só mais uma, só mais uma" e eles fizeram-nos o favorzinho e tocaram novamente a Words Are Meaningless, que o guitarrista é novo e ainda não têm muitas músicas ensaiadas.
Gostei, gostei muito e agora estou feliz. Ainda confraternizamos com uns rapazes lá do canto, coisa pouca e a Raquel amou o mosh e diz que só quer é moshar para o resto da vida.
De Easyway não posso falar muito porque só lá estivemos um bocado, a Sofia tinha de estar cedo em casa. Mas a actuação deles estava a a ser bastante fixe.
Quando viemos embora a Raquel apaixonou-se por uma t-shirt de Easyway e eu vi os Ella Palmer ali ao lado a tentarem vender as deles. Depois de três horas e meia a contar os trocos todos para o taxi, lá compramos cada uma a sua t-shirt e eu até tive um diálogo bastante engraçado com o Luís, baterista de Ella Palmer. Foi o seguinte:

Moi (bastante envergonhada e quê): Olá! Eu quero aquela t-shirt se faz favor (a apontar para a t-shirt que agora se encontra em meu poder).
Luís (com cara de parvo, diga-se!): A t-shirt? Tu queres comprar a t-shirt??
Eu (da timidez passei ao ar de 'tão mas este gajo não entende português ou que raio?): quero! (já ouvi dizer algures que os homens gostam de mulheres decididas xD)
Luís (com cara absolutamente de ela quer comprar a nossa t-shirt! oh meu Deus, oh meu Deus!!): mas tens a certeza?
Eu (já na fase de foda-se dá-me a merda da t-shirt!): tenho.

Ele lá me deu a t-shirt e eu lá lhes disse que tinha sido um óptimo concerto. Acho que corei e tudo. Mas depois faltou-nos 1€ para o taxi. O taxista até foi simpático e deixou-nos ir embora.
Acho que é de referir que passei o concerto de Easyway com medo do guitarrista que tava sempre à minha frente a tentar dar-me pontapés e socos ou mesmo com a guitarra. Sobrevevi =)
Dia 16 estamos lá para ver Triplet e Hills Have Eyes e One Hundred Steps.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Adeus.

Estes dias não têm sido nada fáceis, as noites não têm sido nada agradáveis. O Windows Media Player está à horas a tocar Placebo e só agora é que me apercebi de como seis meses é demasiado tempo para nos aguentarmos longe um do outro. Quero esperar por ti, porque gosto imenso de ti e afinal de contas seis meses não é assim tanto tempo. Mas seis meses sem ti, seis meses é demasiado tempo para alguém da minha idade que ainda não se quer agarrar demasiado a compromissos.
Por um lado não quero esquecer aquilo que sinto por ti, não quero esquecer tudo o que aconteceu nestes últimos nove meses das nossas vidas. Mas por outro lado, talvez a tua viagem tenha vindo na altura certa, não sei. Sinto-me só e desamparada e apenas o tempo nos saberá dizer se afinal fomos feitos um para o outro ou se tudo isto foi uma perda de tempo. Seja como for, só quero que voltes depressa. Ainda não passou uma semana desde que te foste embora e já sinto demasiado a tua falta.
Gosti =)

[Only six more months to go.]

sexta-feira, novembro 17, 2006

Broken Hearts, Torn Up Letters And The Story Of A Lonely Girl


Broken hearts and torn up letters
Girl you just can't dance forever
If you want to make it better

Her hands are in her pockets
And she's scared to look
The picture's frozen
And she's closed the book
Jealousy has only got one friend
And Joey's heart was never meant to mend
Walking faster now she holds him close
The timing matters just to take the dose
Empty pockets tell the stories

And there's no destiny when everyone's your enemy
Take your jealous heart and cast it into stone
You'll regret it all
Living behind your wall
And you'll never fall in love
If you don't fall in love

Broken hearts and torn up letters
Girl you just can't dance forever
If you want to make it better

The nights are getting darker
And the wind is cold
The summer sun
Has now become so old
Her closest friends
Were never meant to fade
With all these dreams
That didn't make the grade
Close the doors but never look inside
Time will tell if all your love has died
Empty pockets tell the stories

And there's no destiny when everyone's your enemy
Take your jealous heart and cast it into stone
You'll regret it all
Living behind your wall
And you'll never fall in love
If you don't risk it all

Broken hearts and torn up letters
Girl you just can't dance forever
If you want to make it better

Broken hearts and torn up letters
Girl you just can't dance forever
If you want to make it better
Times like these won't last forever

Close the doors but never look inside
Time will tell if all your love has died
Empty pockets tell the stories

And there's no destiny when everyone's your enemy
Take your jealous heart and cast it into stone
You'll regret it all
Living behind your wall
And you'll never fall in love
If you don't fall in love

You'll regret it all
(Broken hearts and torn up letters)
Living behind your wall
(Girl you just can't dance forever)
And you'll never fall in love if you don't risk it all
(If you want to make it better)

Broken hearts and torn up letters
Girl you just can't dance forever
If you want to make it better
Times like these won't last forever


Lostprophets - "Broken Hearts, Torn Up Letters And The Story Of A Lonely Girl", Liberation Transmission.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Queria sentir-me jovem outra vez. Livre, leve e sem grandes preocupações. Não me interpretem mal quando digo que gostava de voltar a sentir-me jovem. Sou nova, o meu BI diz que tenho 25 anos, mas o meu coração pesa como se tivesse 60 ou mais...
Vou contar-vos de quem é a culpa: a culpa foi de um qualquer dia do início de Julho, em que estava tanto calor que ficar em casa era insuportável e andar na rua era impossível. A culpa foi dos 40ºC à sombra que se faziam sentir e que me obrigaram a entrar num café absolutamente ao acaso para comprar uma garrafa de água o mais gelada possível. A culpa foi do rapaz que estava atrás do balcão, que tinha uns olhos tão vastos que fariam inveja ao mundo. A culpa foi da minha insistência em aparecer naquele café todos os dias à mesma hora sempre com a mesma desculpa, e ainda da inteligência daquele homem que gostava de literatura tanto como eu.
Graças a Deus que lhe dei o meu número de telefone! E um Verão entediante tornou-se fresco à sombra de uma paixão mais quente do que o calor que o sol fazia questão de espalhar pela cidade. Mas nunca pensei que um amor se pudesse sobrepor a tudo o resto que existia na minha vida. E eramos felizes.
Mas as felicidades assim nunca duram tanto tempo quanto aquele que desejamos, vá-se lá saber porquê! Mas eu digo-vos de quem foi a culpa: a culpa foi daquela discussão estúpida que tivemos em Maio. A culpa foi da minha ideia parva de sair de casa para fugir das palavras dele. A culpa foi da estupidez dele em vir atrás de mim para me pedir desculpa e daquele cabrão que vinha distraído demais para reparar que o semáforo estava vermelho. E foi todo um rol de acontecimentos infelizes juntos: a ambulância que demorou uma eternidade a chegar, ele que parou de respirar e fechou os olhos cedo demais e não me deu tempo sequer de me despedir.
Depois disso poucas lembranças tenho dessa noite, ou dessa semana sequer. Às vezes tenho alguns flashbacks, outras vezes pesadelos e vem-me à memória o paramédico a tentar acalmar-me depois de me dizer que "infelizmente não há mais nada que possamos fazer", ou o padre a rezar pela sua alma no cemitério dos prazeres, amén!, os enjoos sucessivos e a tristeza profunda.
Passadas algumas semanas fui a casa dele buscar algumas coisas. Descobri uma caixinha de veludo azul em cima de dois bilhetes para o teatro para a noite do acidente e chorei. Hoje resolvi passar pelo médico antes de voltar a visitá-lo e descobri que afinal o homem da minha vida nao me deixou sozinha. É uma menina e tenho a certeza que vai ter os olhos do pai.

[Eu não gosto muito, mas como o maninho insistiu... here it is.]

segunda-feira, novembro 06, 2006

Anna Molly


A cloud hangs over this city by the sea
I watch the ships pass and wonder if she might be
Out there and sober as well from loneliness
Please do persist, girl it’s time we met and made a mess
I picture your face at the back of my eyes
A fire in the attic, a proof of the prize
Anna-Molly, Anna-Molly, Anna-Molly

A cloud hangs over and mutes my happiness
A thousand ships couldn’t sail me back from distress
Wish you were here I’m a wounded satellite
I need you now, put me back together, make me right
I picture your face at the back of my eyes
A fire in the attic, a proof of the prize
Anna-Molly, Anna-Molly, Anna-Molly
I’m calling your name up into the air
Not one of the others could ever compare
Anna-Molly, Anna-Molly!

Wait… there is a light… there is a fire
Illuminated attic
Fate? Or something better? I could care less,
Just stay with me a while
Wait… there is a light… there is a fire
De-fragmenting the attic
Fate? Or something better? I could care less,
Just stay with me a while

I picture your face at the back of my eyes
A fire in the attic, a proof of the prize
Anna-Molly, Anna-Molly, Anna-Molly
I’m calling your name up into the air
Not one of the others could ever compare
Anna-Molly, Anna-Molly!


Incubus - "Anna Molly", Light Grenades.