terça-feira, janeiro 31, 2006

Neve


Sei que o post vem atrasado. Não tenho andado por cá, tenho andado outra vez com aqueles ataques de galdéria vadia que só faz o que quer.

Nevou, como todo o bom português já sabe. Nevou em Massamá. E no Cacém e na Amadora e em Sintra... nevou em todo o lado pelos vistos. O único sítio onde tinha visto nevar foi na Serra da Estrela há um bom par de anos. Mas neve é sempre neve, especialmente se neva num sítio onde não é suposto nem hábito e nós estamos presentes.
Senti-me uma criança. Fiquei feliz como já não estava há muito tempo. Andar na rua a levar com aqueles flocos brancos e vê-los a cair do outro lado da janela, é algo que nunca, nunca me vai sair da memória. Aquele branco vai ficar sempre guardado cá dentro e recordado nos dias mais frios que vierem.

Eu espero que tenham gostado, que tenham aproveitado, apreciado e feito tudo o que a neve vos permitiu fazer.

[Sick and sad]

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Poemas Inconjuntos


Se Depois de Eu Morrer


Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.

Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.


Alberto Caeiro

terça-feira, janeiro 24, 2006

Benidorm


Vamos estar ali brevemente, numas férias da Páscoa perto de si! =D

domingo, janeiro 22, 2006

Chiu!


Pára de sonhar com o amor. Ele não te vai bater à porta só por estares sempre a gritar por ele em surdina.

[Cala-te coração que não aguento ouvir-te mais!]

sábado, janeiro 21, 2006

Tell Me Why


I could see her fall from grace
Like a movie star too old to change her life
With a bottle by her hand
Every night she went away
I would pray for someone else to change her life
If she wouldn't change for me

Tell me why
Please tell me why
You stole my life

Tell me why

Just drown her fear in the same old song
Everytime you came back frozen deep inside
Was it my love that you feared?
I was a misfit all the way
Never there to help me grow and change my life
Then you smiled and walked away

Tell me why
Please tell me why
You stole my life

Tell me why

All the little things she said to me
(Said to me)
Were broken thoughts and tainted dreams
(Tainted dreams)
If she can't take these memories
It doesn't change a thing
(It doesn't change a thing)
Every little word she said to me
(Said to me)
That broke my heart and stayed with me
(Stayed with me)
I wish that she could hear me scream
She never changed a thing

Tell me why
Please tell me why
You stole my life
Life

Tell me why

This can't go on
This can't go on
This can't go on
This can't go on
This can't go on


Cold - "Tell Me Why", A Different Kind Of Pain

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Poema de Soror Saudade


Sou e sempre serei Soror Saudade,
Esfinge de mármore que aprecia
Seu lago de lágrimas que perecia
Nas horas mortas dessa tarde.

Anoitece e a Lua já vai alta desde
Esse dia de tamanha tristeza e alegria,
Em que partiste enquanto eu dormia,
Fechada na escuridão de minha identidade...

A falta de tua presença adorada
Transtorna esta alma triste e magoada,
Meu leito de monja solitária.

O que fora dantes noutra era?
Morreu a ilusão, nasceu a quimera
Nesta sensível situação precária!


[A ti, minha Soror Saudade]

terça-feira, janeiro 17, 2006

Tem ideias?

Escreva-as. Não tenha medo! Escreva delicadamente, escreva sem pensar, escreva sem parar. Pegue no lápis e desenhe as palavras até a sua ideia ganhar forma. Deixe que a imaginação o guie até um novo lugar.
As suas ideias não têm de ser perfeitas, mas não as deixe passar. Se hoje não são úteis, quem sabe o que podem trazer futuramente?
Tem ideias? Faça do papel um amigo e fale com ele! Ou carregue nas teclas uma a uma e digite as palavras no ecrã à sua frente, se for essa a sua preferência. Apenas não deixe o seu pensamento fugir. Apenas não deixe uma página em branco.
Tem ideias? Não as deixe em suspenso. Vá em frente e realize os seus projectos e ambições! Use e aproveite as suas ideias, até as mais infantis e disparatadas. É para isso que serve a sua mente que desperdiça todos os dias.
Tem ideias? Então surpreenda-se e surpreenda-nos. É assim que nascem os génios do mundo. Arrisque, tropece, diga asneiras, cometa erros, risque e volte a escrever. Tudo isso que lhe está a passar pela mente não são um monte de palavras sem nexo, é o início de algo grandioso se apenas se der ao trabalho de o passar para o papel!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

The Calm That Killed The Storm


Gostava de ter forças para deixar de pensar, para deixar de sentir, para conseguir parar o meu coração. Não queria mais ouvir o eco dos risos na minha cabeça, queria apenas ver a luz, a cor branca e forte a reluzir bem à minha frente, a um palmo da minha mão, a um palmo da terra fria e morta.
Oh, como eu queria que não fosses mais do que um produto da minha imaginação. Como eu queria que tudo fosse um sonho, e como queria que não existissem sonhos e ilusões fantásticas nas nossas vidas!
Porque eu não sei se prefiro o branco ou o preto e tu conheces-me por inteiro e queres fazer esse animal sair cá para fora. E eu não sei estou pronta para deixar de ser a calma e passar a ser a tempestade...
Como ser mais do que sangue e carne e restos de pessoa me irrita! Queria juntar-me aos fracos, só por uma hora. Dá-me 60 minutos para sossegar a minha alma, por favor. Dá-me esse tempo para ser cega e surda e quase muda de palavras inteligentes como os comuns mortais que passam por nós na rua. Esses não entendem a nossa paixão, não entendem a nossa entrega, a nossa vontade de ir mais fundo e mais longe na questão. Eles não sabem o que é pensar, não sabem o que é sofrer, não sabem o que é viver...
Porque eu quero ser algo mais, mas é o teu olhar, é a tua escuridão que me prende a este mundo de fantoches. É esse vermelho, essa cor de sangue que não nos larga e que nos entrelaça como se fossemos uma alma separada que precisa de ser unida de novo.
E é saber que apesar de todo este tempo que tem passado de forma indefinida e descobrir que o mundo é mais do que um monte de tinta, que me faz querer que a minha marca seja importante, antes de me deixares juntar aos fracos de espírito. É por isso que te escrevo todos os dias, mesmo quando não lês. Porque apesar de o teu olhar ser o sítio mais profundo onde caio e me perco, preciso de imortalizar a nossa condição fantástica e liberta que nos prende ao mesmo tempo, porque quando me juntar a eles, não vou ser mais do que um novo ser perdido e nunca mais te encontrarei.

[Cold - "Anatomy Of A Tidal Wave"]

Adeus


Sozinha ela vai andando naquele areal branco, sem fim à vista, onde não se encontra mais nenhuma alma perdida. O vestido que antes parecia imaculado está sujo, rasgado... o véu perdeu-o pelo caminho, quando a arrastaram e condenaram por fugir, por ter dúvidas e deixaram-na ali, só e desamparada, sem uma ajuda ou algo que a reconfortasse.
Ela grita e ninguém ouve. Ninguém ouve a sua súplica, o seu apelo. E aquela areia é tão branca e aquele mar tão azul, mas o vento é tão gelado... e o tempo agora parou e só se ouve o bater pausado do seu coração despedaçado.
Deixaram-na ali, deixaram-na para morrer, para não ter um sítio onde se refugiar, para não ter ninguém para lhe estender a mão. Queriam que ela fosse a ilusão, a perfeição que ela não queria ser. E não havia uma palavra, uma palavra que lhe dissessem para ela se sentir diferente e especial, uma pessoa normal como as outras. E agora estava a sentir pela primeira vez, a sentir a dor da rejeição, a dor de não ser aceite como aquilo que queria ser.
Caiu na areia exausta, não tem mais forças para caminhar. Agora só um milagre a pode salvar do destino que o areal lhe reserva, aquele areal que primariamente lhe tinha parecido tudo o que ela antes desejara na sua vida.
Agora está tudo perdido... e com os olhos semi-cerrados vislumbra a aparição da sua salvação eterna.

[In loving memory...]

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Histeria


s. f. doença nervosa caracterizada por convulsões e espasmos. Neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores manifestam-se em sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, etc. Pessoas histéricas frequentemente perdem o auto-controlo devido a um pânico extremo.
Foi considerada, até Freud, como uma doença exclusivamente feminina.

O termo tem origem no termo médico grego hysterikos, que se referia a uma suposta condição médica peculiar a mulheres, causada por perturbações no útero, hystera em grego. O termo histeria foi utilizado por Hipócrates, que pensava que a causa da histeria fosse um movimento irregular de sangue do útero para o cérebro.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Teresa


É o amor Teresa, é o amor que nos enlouquece. E é a loucura que nos leva ao desespero.
Sofrer faz parte do nosso desenvolvimento e crescimento como pessoas, mas sofrer por ti Teresa, sofrer por ti rasga, queima, destrói o meu ser. Amar-te corrói o meu coração que se despedaça com esse teu olhar que troça de mim. Querer que sejas minha é a maior das ilusões que eu, como homem, posso ter na vida.

Agora caí e tu olhas-me com esse sorriso de desdém. Um dia Teresa, um dia vais amar-me, desejar-me, querer-me, e hás-de ser vento e cinza e pó no meu coração. Hás-de ser nada e hás-de ser tudo aquilo que um dia eu quis ser por ti.

Afasta esses olhos cor de avelã de mim Teresa, nunca vi espelhados neles a felicidade que sempre quis. Em ti eu só sinto medo e confusão. Tu não sabes viver, tu não sabes sentir. E é o amor Teresa, é o amor que nos enlouquece, que nos mostra as coisas grandes do mundo e tu ainda não conheces nada… e o único sítio onde vives é nos corações alheios.

[Prometo que não te roubo mais música nenhuma =)]

segunda-feira, janeiro 09, 2006

M.I.A.


Staring at the carnage, praying that the sun would never rise
Living another day in disguise
These feelings can't be right, lend me your courage to stand up and fight

On tonight

Ooooo....
Stand up and fight

Now fighting rages on and on

To challenge me you must be strong
I walk your land but don't belong

Two million soldiers can't be wrong

It's no fun but I've been here before
I'm far from home and I'm fighting your war
(Not the way I pictured this, I wanted better things)
Some are scared, others killing for fun
I shot a mother right in front of her son
(Take this from my consciousness and please erase my dreams)

Fight for honor, fight for your life
Pray to god that our side is right
Even though we won, I still may lose
Until' I make it home to you
I see our mothers filled with tears,
Grew up so fast where did those years go?
Memories won’t let you cry
Unless I don't return tonight

So many soldiers on the other side
I take their lives so they can't take mine
(Scared to make it out alive now murder's all I know)
Nobody tells me all the reasons we're here
I have my weapons so there's nothing to fear
(Another day, another life, but nothing real to show for)

Fight for honor, fight for your life
Pray to god that our side is right
Even though we won, I still may lose
Until' I make it home to you
I see our mothers filled with tears,
Grew up so fast where did those years go?
Memories won’t let you cry
Unless I don't return tonight

Staring at the carnage, praying that the sun would never rise
Living another day in disguise
These feelings can't be right, lend me your courage to stand up and fight

Watching the death toll rise wondering how I'm alive
Stranger's blood on my hands, I've shot all I can
There are no silent nights, watching your brothers all die
To destroy all their plans with no thought of me
No thought of me, no thought of me

Ohhhhh...

Walk the city lonely
Memories that haunt are passing by
A murderer walks your streets tonight
Forgive me for my crimes
Don't forget that I was so young
Fought so scared in the name of God and country



Avenged Sevenfold - "M.I.A.", City Of Evil

[Não, não tens razão xD]

sexta-feira, janeiro 06, 2006

What are you waiting for?


O tempo está a esgotar-se, mas não olhes para o relógio. A pressa só nos vai permitir cometer erros. Não quero erros entre nós, não quero pressa nem pressões.
E agora que o tempo acabou e todas as palavras que tínhamos para dizer foram ditas e aqueles risos alegres de outrora deram lugar ao silêncio que se instalou, só nos resta virar as costas e partir. Partir em busca de um desconhecido que nos espera algures longe um do outro, porque não me quiseste dar ouvidos e preferiste olhar para o relógio, ver o ponteiro andar e sentir que tinhas de correr contra o tempo para me fazer feliz.
A felicidade é algo que nos escapa entre os dedos com mais facilidade do que aquela que desejamos. Mas porque a deitaste fora enquanto a tinhas nas mãos? Preferiste dar ouvidos ao tic-tac do relógio do que à minha voz, às minhas palavras, à minha súplica de seres meu, de irmos em busca de alguma coisa juntos.
Larga esse relógio, porque os ponteiros vão acabar por cair, vais acabar por ficar sozinho. Larga esse relógio e volta para a felicidade, volta para aquilo que realmente te faz feliz, para aquilo que realmente importa e te completa. O relógio só te dá o seu tic-tac, eu dou-te o amor que em mim existe, dou-te as minhas palavras, a minha alma e todo o meu ser.
Vem ser meu, vem ser feliz.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Perhaps, I Suppose...


Isto é uma reflexão que eu achei que era necessário fazer para fechar definitivamente o livro do ano de 2005.
Agora que tenho um livro novo na mão, em branco e à espera de ser escrito com as coisas mais bonitas e espectaculares que conseguir, faz-me ter pena de ter de pôr o ponto final na ultima frase desse ano que foi muito bom.
Para mim, 2005 foi o ano das descobertas. É verdade que foi um ano que, como qualquer outro ano, teve os seus altos e baixos. Mas neste momento estou feliz como já não estava há muito tempo e esses momentos menos bons não me fazem ficar a pensar em nada de mau. Porque se as coisas boas nos deixam felizes e com vontade de seguir em frente, são as coisas más que melhor nos ensinam a viver e a seguir em frente de cabeça erguida e prontos para enfrentar o que vier a seguir, apesar de tudo o que eu acabei de escrever parecer bastante irreal...

O meu ano de 2005 começou no dia 2 de Março. Não tenho recordações nenhumas de 2005 antes desse dia, sem ser a própria passagem de ano com a minha adorada Hobbes, e a minha festa de anos. Março foi aquele mês que me marcou, primeiro negativamente, mas como há sempre males que vêm por bem, acabou de excelente maneira. Livrei-me de antigos fantasmas do passado e apaixonei-me. Conheci o amor de uma maneira que nunca tinha pensado que existisse. Foi intenso. As idas ao café, o concerto de Hoobastank, o baile de finalistas, a viagem de finalistas que foi completamente espectacular e que nunca pensei que fosse possível. E nunca teria sido possível sem a vossa ajuda. Obrigado a todos. A vocês os treze que se lembraram de mim e que se juntaram para me levar com vocês a essa magnífica aventura que foi ir a Lloret de Mar. Isto tudo apenas em Março. Foi mesmo um mês desgraçadamente bom!
Mas 2005 não se limitou ao mês de Março. Foi em 2005 que resolvi criar o blog. Lembro-me que o fiz só por fazer, nunca pensei que alguma vez na vida fosse descobrir o prazer que sinto quando escrevo. Nunca pensei que soubesse escrever coisas de tão boa qualidade literária. Estou muito orgulhosa do meu blog e do meu trabalho escrito. Foi o ano em que os Cold voltaram em grande, dois anos depois do Year Of The Spider. O meu vermelhinho foi campeão nacional (mais à conta dos azares dos outros, mas isso são pormenores…), as crises existenciais foram-se todas. As visitas de estudo foram demais! Desde a ida ao ITN (que por acaso foi no dia dos meus anos) à visita de estudo a Évora, cidade pela qual me apaixonei. Évora é linda, desde a Casa do Alto à Capela dos Ossos, a Praça do Geraldo, a Universidade, aquela loja de doces regionais espectacular que a minha mãe adorou quando convenci os meus pais a irmos a Évora passear no Verão.
Amei o Verão! Completamente. Primeiro fomos nós os quatro para Altura, no Algarve, descansar da primeira fase dos exames e foi o máximo! Depois eu e os meus pais fomos por este país fora, descobrir as maravilhas e as belezas por aí perdidas. Adorei ir a Malpica do Tejo este ano. Castelo Branco, Évora, Braga, o Algarve de uma ponta à outra, a Serra da Estrela, o Fundão que eu também gosto imenso e onde se passeia muito agradavelmente. Adorei Barcelona, quando lá fomos na viagem de finalistas. Eu e o Ricky andamos por lá, no metro a ver os anúncios do El Corte Inglés e a visitar a Sagrada Família.

Algures em 2005 conseguimos a proeza de pôr a stôra Amélia a cantar “As bóias são noços amigos” dos Comme Restus. Descobrimos bandas boas, como My Chemical Romance e More Than A Thousand, pela qual estou completamente apaixonada por culpa do Postiga, entre mais do que muitas outras. Redescobri algumas bandas. Voltei à minha antiga paixão por Incubus e Nickelback. Chevelle e Blind Zero, Toranja e Muse e Green Day e System Of A Down, Moloko e Theory Of A Deadman…
Na escrita continuo apaixonada pela minha poetisa de eleição, Florbela Espanca, mas descobri muito mais como Fernando Pessoa e os seus heterónimos e Sophia de Mello Breyner Andresen e o seu filhote Miguel Sousa Tavares.
Defini muitas prioridades nesse ano que acabou há três dias. Foi um ano mais de coisas boas do que de coisas desagradáveis. O SBSR foi espectacular! O Tim Burton levou-me mais do que uma vez ao cinema para me pôr a chorar e para me relembrar do meu amado “Edward Scissorhands”. Fui montes de vezes ao cinema este ano. Mais do que em 2003 e 2004 juntos!
2005 foi o ano. Foi o ano das coisas boas e da independência. Agora sou uma vadia, passo a vida fora de casa, trabalho… eu e a Hobbes voltamos à nossa antiga amizade, aquela coisa intensa que se tinha apagado um bocado com o passar do tempo. E eu sabia que ia conhecer alguém muito especial de quem ia ficar muito amiga, o que realmente aconteceu. Apesar de nos conhecermos desde o Halloween de 2002 só começamos a falar este ano e demo-nos instantaneamente bem! Quando falamos a primeira vez no msn ele estava a ouvir a “Spiders” dos SOAD e foi uma coisa do género:

Ele: “Olá =)”
Eu: “Oi. Essa é a minha música preferida dos System!”
Ele: “Também a minha.”

Foi assim, automático e instantâneo. Nunca mais paramos de falar. E cada dia nos surpreendíamos mais com as nossas parecenças nos gostos e na maneira de pensar. Ainda ontem isso aconteceu… por isso, o meu círculo muito restrito de amigos aumentou. Agora somos cinco: eu, a Hobbes, a Andreia, o Ricky, a Cátia e o Postiga (colocado por ordem cronológica).
Ah! E os Lacuna Coil, já me ia esquecendo deles. Eu tenho de agradecer muitos dos meus novos conhecimentos ao meu querido clone. És o maior Postiga!

Passei do estado de esquelética para roliça e finalmente percebi que não posso comer tudo o que quero e dormir o dia todo, porque isso faz acumular tudo e faz-me engordar os dez quilos que ganhei como prenda no Verão.
2005 foi um ano muito bom mesmo. Agora em 2006 quero realizar parte dos meus objectivos de sempre e viajar. Quero conhecer a Europa!
E o melhor disto tudo é que 2005 acabou em grande, com uma super festa e com gente cinco estrelas! Além disso, eu sei, alguma coisa cá dentro me diz que 2006 vai ser o ano perfeito e que só vão haver coisas boas. E sei que não sou a única que assim pensa, não é?

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Caixinha de Música


Link it to the world
Link it to yourself
Stretch it like a birth squeeze
The love for what you hide
The bitterness inside
Is growing like the new born
When you've seen, seen
Too much, too young, young
Soulless is everywhere

Hopeless time to roam
The distance to your home
Fades away to nowhere
How much are you worth?
You can't come down to earth
You're swelling up, you're unstoppable

'Cause you've seen, seen
Too much, too young, young
Soulless is everywhere

Destroy the spineless
Show me it's real
Wasting our last chance
To come away
Just break the silence
'Cause I'm drifting away
Away from you

Yeah, link it to the world
Link it to yourself
Stretch it like it's a birth squeeze
And the love for what you hide
And the bitterness inside
Is growing like the new born

When you've seen, seen
Too much, too young, young
Soulless is everywhere

Destroy the spineless
Show me it's real
Wasting their last chance
To come away
Just break the silence
'Cause I'm drifting away
Away from you


Muse - "New Born", Origin Of Symmetry

[Esta é a minha caixinha de música.]


Anxiety

domingo, janeiro 01, 2006

2006


Preciso intensamente de escrever e não tenho nada à mão que mo permita fazer... estou no quarto da Hobbes, sozinha, e nem a merda do Word instalado no pc novo ela tem!
É o primeiro dia do ano... não sei se começou bem, se começou mal. Mas acho que posso ter dado o primeiro passo para estragar uma cumplicidade que surgiu de uma maneira tão espontânea e instantânea, que tenho medo de a perder... se ao menos eu pensasse mais pela minha cabecinha em vez de ir pelo que o banhoso do meu corpo quer, talvez não fizesse tanta asneira. Mas estava a saber bem e não queria parar. Deus, como sou fraca e como isso me irrita! Ser humano é uma condição da pior espécie, mas nascemos com ela e temos de viver com ela até ao último dia das nossas miseráveis vidas.
Agora que fiquei sem palavras, sem sequer um acto que me possa salvar esta noite daquele silêncio desconfortável, sinto-me vazia. Porque me sinto sempre tão vazia quando as palavras escasseiam? Será que tenho uma necessidade tão grande de as ter? Porque é que nunca me consigo exprimir quando é o que eu mais quero fazer?
Chegou um ano novo que nos enche de esperanças e projectos, mas na verdade nada mudou. Há apenas muita sujidade espalhada por toda a casa por causa da festa, porque as dúvidas de sempre cá ficaram e vão sempre permanecer, venham quantos anos novos vierem! No fundo, vai ficar sempre tudo na mesma. Nada daquilo que planeamos para a nossa vida acontece como esperamos, nada muda. O sol nasce sem se preocupar com a data. Os problemas não se preocupam se este é um novo dia, um novo mês, um novo ano…


Chegou 2006.

[Nota: texto escrito muito depois da meia-noite, quando fui tomada por um qualquer sentimento por identificar assim que me viraste as costas e foste embora sem uma palavra. Quem me dera que tudo pudesse ser como era dantes...
Pelo menos ainda me restam 364 dias para poder melhorar este meu ano.]